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Projeto coleta cerca de 16 toneladas de alumínio e plásticos gerados durante o São João da Bahia

Projeto coleta cerca de 16 toneladas de alumínio e plásticos gerados durante o São João da Bahia

Entre shows de muito forró, xote e baião, 920 catadores e catadoras de recicláveis, apoiados pelo Governo do Estado, recolheram entre os dias 13 de junho a 2 de julho cerca de 16 toneladas de alumínio e plásticos descartados durante as principais festas do São João da Bahia, realizadas em Salvador (Parque de Exposições, Pelourinho e Paripe) e em três municípios do interior (Itabuna, Juazeiro e Porto Seguro). O Arraiá Sustentável  levou sustentabilidade ambiental e melhores condições de trabalho e renda para pais e mães de família que atuaram nas centrais de coleta seletiva instaladas nas principais praças dos festejos juninos. O Governo investiu mais de R$ 1,2 milhão no projeto “O Trabalho Decente Preserva o Meio Ambiente”.

Para o secretário da Sema, Eduardo Mendonça Sodré Martins, os resultados alcançados, em 2024, reafirmam a importância do trabalho e a parceria entre o Governo da Bahia, as cooperativas e os catadores de materiais recicláveis. “Os números desta edição superaram todas as expectativas e isso se deve à dedicação e organização do trabalho prestado por cada catador e pelas cooperativas. Este é um projeto que já está transformando a realidade das principais festas populares do estado, sendo baseado nos pilares da sustentabilidade, com inclusão social e proteção ao meio ambiente”.

De acordo com o parceiro do projeto e coordenador executivo da ONG Cama, Joilson Santana, neste terceiro ano do projeto, atuando nos festejos juninos, foi possível notar melhorias consideráveis nas estruturas das centrais e na consolidação das redes de cooperativas. “Estamos aqui fazendo um projeto que consegue conectar os catadores e as catadoras de recicláveis com a indústria e mais do que isso, evidencia e valoriza o trabalho destes profissionais junto à população, presenciamos neste São João que muitas pessoas já entendem a importância e o papel dos catadores, separando as latinhas e entregando diretamente a eles, facilitando as atividades. O principal aspecto da ação é fortalecer a economia circular inclusiva, garantindo a destinação adequada dos resíduos sólidos para a cadeia produtiva da reciclagem”, explicou Santana.

Uma vida dedicada à coleta de recicláveis, de superação às adversidades e cuidado ao meio ambiente, essa é a história de Dona Maria Gorete, 62, recicladora há mais de 20 anos e que fala com orgulho do ofício que exerce. “Foi com este trabalho que criei minha família e quando chegam as festas temos uma oportunidade de complementar a renda, ganhar um extra. Estamos entusiasmados com o apoio do projeto que trouxe mais dignidade para nossa atividade, recebemos fardamento, luvas, bota e equipamentos, um espaço para triagem e pesagem dos materiais coletados, área para descanso, banheiros, coisas que não tínhamos antes, além de um melhor pagamento”, relatou.

O projeto “Arraiá Sustentável e Solidário ” contribuiu para mitigação de emissão de CO², de recursos naturais e minerais. Os dados apresentados foram analisados através de eco indicadores da ONG CAMA e revelam significativas economias: 51 toneladas de dióxido de carbono deixaram de ser emitida para o meio ambiente, 203 mil litros de água, 80 metros cúbicos de espaço em aterros sanitários, 492 mil kWh de energia, 10 árvores e 5 mil litros de petróleo.

A bióloga da Diretoria de Política e Planejamento Ambiental (Dipa) da Sema, Ana Paula Alves, destacou que esta ação está inserida nas iniciativas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), geridas pela secretaria. “São projetos que buscam promover a inclusão socioprodutiva dos catadores, apoiando esse trabalho das cooperativas, através do PSA, porque além da coleta, da separação e destinação adequada, eles atuam como agentes ambientais. São resíduos que deixam de ir para os aterros e entram na cadeia da reciclagem, além de diminuir a retirada de matéria-prima do meio ambiente e promover a educação ambiental”, explicou.

Foram distribuídas nas Vilas, montadas nos locais das festas, os catadores receberam uma mochila contendo uma calça, uma blusa, um par de luvas, um par de botas e uma capa de chuva. Um grupo de costureiras da capital baiana e de cidades do interior também recebeu o apoio do projeto. Elas foram as responsáveis em produzir o fardamento (camisa e calça) e mochilas sustentáveis que os catadores (as) utilizaram no período.

O coordenador da Superintendência de Inovação e Desenvolvimento Ambiental (Sida) da Sema, Diego Cerqueira, que esteve presente dando suporte na Vila Junina do Parque de Exposições, destacou a melhor organização a cada ano. “Alcançamos uma evolução significativa seja na distribuição de equipamentos de proteção individual, na estrutura para armazenamento e de apoio aos profissionais, seja nos melhores preços para comercialização dos recicláveis”.

Nestes espaços também era possível comercializar todo o material coletado com valores superiores ao praticado no mercado, estratégia que evita a ação de atravessadores, garantindo um preço justo para os trabalhadores.

Indústria da Reciclagem
Todo o material coletado terá como destinação a indústria da reciclagem, explica Luiz Hermida, representante da Carbongreen, empresa de reciclagem de plástico que é parceira do projeto. “Parabenizar a todos os envolvidos no projeto que incentiva a participação maior dos catadores e o número maior de materiais recicláveis recolhidos. Esse trabalho que as cooperativas vêm fazendo junto com o Governo do Estado, com participação da indústria é um verdadeiro projeto de inovação social que assegura também a sustentabilidade de todo o processo de consumo”.

A iniciativa conta com a participação de 12 cooperativas, são elas a Coocreja, Cooperbari, Cooperguary, Caec, Canore, Camapet, Crun, Cooperes, Canarecicla, Cooperbrava, Cooperlix, Coleta Cidadã, além da ONG CAMA, que integram o Fórum Estadual Lixo e Cidadania da Bahia. A ação também tem o apoio dos ministérios públicos da Bahia (MPBA), do Trabalho (MPT-BA), Limpurb e Voluntárias Sociais da Bahia.

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Rachel Botsman

Autora do livro "O Que é Meu é Seu - Como o Consumo Colaborativo Vai Mudar o Nosso Mundo", Rachel Botsman diz que estamos conectados para compartilhar. Em 15 minutos, ela tenta te convencer que o consumo colaborativo é o caminho.