Segundo o BC, mesmo com a entrada em vigor, em janeiro, da lei que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dÃvida, a medida não afeta a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito. Como ela só se aplica a novos financiamentos, não houve impacto na apuração estatÃstica de março.
Com isso, a taxa média de juros no crédito com recursos livres à s pessoas fÃsicas ficou em 53,4% aa (ao ano), um incremento de 0,8 pp no mês e diminuição de 5,2 pp em 12 meses.
Além do aumento no crédito do rotativo, o resultado do crédito com recursos livres a pessoas fÃsicas foi motivado, principalmente, pelos aumentos das taxas médias de crédito pessoal não consignado (4,5 pp), bem como do cartão de crédito parcelado (1,7 pp).
O Banco Central informou que o saldo do crédito livre à s pessoas fÃsicas cresceu 0,4% em março e 8,2% em 12 meses, com destaque para os incrementos nas carteiras de financiamento para a aquisição de veÃculos (1,5%), crédito pessoal não consignado (1,4%) e consignado para beneficiários do INSS (1,2%).
“Cabe ressaltar que o crescimento observado na carteira de crédito livre à s famÃlias concentrou-se nas modalidades não rotativas com altas de 0,8% no mês e de 9,0% em 12 meses. Em sentido oposto, nas modalidades rotativas, observou-se queda mensal da carteira de 0,7% e avanço de 6,0% comparativamente a março de 2023”, informou a autoridade monetária.
Já o endividamento das famÃlias ficou em 47,9% em fevereiro, queda de 0,1 pp na comparação com o mês anterior e de 0,8 pp em 12 meses. O comprometimento de renda permaneceu em 25,7% em fevereiro, mantendo-se estável e revelando queda de 1,7 pp em 12 meses.
Nas operações com empresas, a taxa média alcançou 20,9% ao ano, declÃnio mensal de 0,5 pp em março e de 2,9 pp em relação ao mesmo perÃodo do ano anterior. Basicamente, contribuÃram para esse resultado as quedas mensais nas taxas médias das modalidades de desconto de duplicatas e outros recebÃveis, de 1,1 pp, de de capital de giro com prazo superior a 365 dias, de 1,2 pp.
O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) somou R$ 5,9 trilhões em março, com crescimento mensal de 1,2%. Esse resultado decorre dos incrementos de 2,0% no saldo das operações de crédito à s pessoas jurÃdicas e de 0,7% no de pessoas fÃsicas, totalizando R$ 2,3 trilhões e R$ 3,6 trilhões, respectivamente.
Já a inadimplência da carteira de crédito total do Sistema Financeiro Nacional situou-se em 3,2% em março, assinalando estabilidade no mês e em 12 meses (-0,1 pp).
Por segmento, a inadimplência variou negativamente 0,1 pp, tanto nas operações pactuadas com empresas quanto com famÃlias. Por outro lado, em 12 meses, a inadimplência apresentou comportamentos distintos, com alta de 0,4 pp nas operações para o segmento empresarial e redução de mesma intensidade nas realizadas com as famÃlias.
Informações da Agência Brasil
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