Mais de quatro toneladas de produtos de origem animal foram apreendidas por irregularidades sanitárias e comercialização ilegal em supermercados, açougues e mercados municipais da região oeste da Bahia. A ação foi realizada durante mais uma etapa da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), coordenada pelo Ministério Público da Bahia.
A operação foi conduzida pela equipe de Inspeção de Produtos de Origem Animal, que vistoriou 48 estabelecimentos nos municípios de Bom Jesus da Lapa, Malhada, Riacho de Santana, Sítio do Mato e Carinhanha. Como resultado, foram emitidos 20 autos de apreensão — com posterior incineração da carga —, 11 termos de notificação e uma interdição.
A FPI é uma força-tarefa interestitucional que envolve cerca de 90 órgãos e entidades, entre eles a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), a Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA), o Conselho Regional dos Técnicos Industriais da Bahia (CRT-BA) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Durante as inspeções, a equipe avaliou as condições sanitárias do abate de bovinos e suínos, o cumprimento das normas de bem-estar animal, além das exigências estruturais, de higiene e documentação dos estabelecimentos. Também foi observada a legalidade das contratações de técnicos industriais habilitados.
“Nosso objetivo é assegurar o cumprimento das legislações estadual e federal no processo de abate, garantindo o bem-estar dos animais e a saúde da população. Avaliamos desde a estrutura física dos estabelecimentos até a origem e rastreabilidade dos produtos”, explicou a fiscal agropecuária da ADAB, Andréa Kraychete, que coordenou a equipe.
Risco do abate clandestino
A FPI reforça a importância do abate regularizado, que segue protocolos sanitários rígidos, com a presença de médico veterinário e o controle adequado de resíduos. Estabelecimentos que apresentem irregularidades pontuais, mas sem risco imediato à saúde pública, são notificados para correção.
“O consumo de carne proveniente de abate clandestino é extremamente perigoso. Trata-se de um produto sem garantia de origem, manipulado sem higiene, e que pode transmitir diversas doenças graves”, alerta a médica veterinária Andréa Kraychete.
Recomendações ao consumidor
A equipe da FPI orienta que a população só consuma carnes de estabelecimentos regularizados. Na hora da compra, é fundamental observar:
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Informações sobre a procedência e rastreabilidade;
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Data de fabricação e validade;
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Presença de registro sanitário e nota fiscal;
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Boas condições de armazenamento e acondicionamento do produto.
Informações do Ba.gov.br