Cerca de 958 mil famílias deixaram de receber o Bolsa Família recentemente, o equivalente a 3,5 milhões de pessoas. O motivo é positivo: essas famílias tiveram aumento na renda e superaram a situação de pobreza, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
De acordo com o ministro Wellington Dias, muitos beneficiários passaram a contar com empregos estáveis ou melhoraram suas condições como empreendedores. A maioria, cerca de 536 mil famílias, cumpriu os 24 meses previstos na chamada “regra de proteção”, que permite a permanência no programa com 50% do benefício mesmo após o aumento da renda per capita, desde que ela esteja entre R$ 218 e meio salário mínimo.
Segundo o ministro, a saída dessas famílias do programa está ligada a políticas públicas que combinam qualificação profissional e apoio ao empreendedorismo. “Damos as mãos para essas pessoas, oferecendo meios para que se qualifiquem ou estruturarem pequenos negócios. Isso tem permitido que milhões saiam da pobreza com base na renda do trabalho”, afirmou.
Desde o início do atual mandato presidencial, mais de 8,6 milhões de pessoas superaram a pobreza, e quase 24 milhões de brasileiros já deixaram essa condição, segundo estimativas da pasta.
Combate ao preconceito e estímulo à educação
Wellington Dias também destacou a importância de combater o preconceito em torno dos beneficiários do Bolsa Família. Ele afirmou que é falsa a ideia de que os contemplados pelo programa não desejam trabalhar. “As famílias que recebem o benefício têm responsabilidades claras”, disse.
Entre as exigências do programa estão a matrícula e frequência escolar de crianças e adolescentes, aprovação nos estudos, e a participação em ações de qualificação profissional. Há ainda o incentivo à geração de renda, com apoio a pequenos empreendimentos por meio de programas como o Acredita, o Pronaf e o Agroamigo.
Para o ministro, o Bolsa Família tem se mostrado uma ponte para a ascensão social. “Muitos estão saindo do programa e ingressando na classe média, o que mostra que a política pública está funcionando como instrumento de transformação de vidas”, concluiu.
Informações da Agência Brasil