A economia brasileira voltou a crescer e alcançou um novo patamar recorde no primeiro trimestre, com avanço de 1,4% em relação ao trimestre anterior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) nacional tem batido recordes consecutivos há vários trimestres, refletindo uma retomada consistente em setores-chave da economia.
Entre os destaques positivos estão a agropecuária e os serviços, que também atingiram níveis históricos. O setor agropecuário cresceu 12,2%, impulsionado por condições climáticas favoráveis e pela concentração das colheitas no primeiro semestre — com ênfase em lavouras como soja, milho, arroz e fumo. Já os serviços, que representam cerca de 70% da economia, registraram alta de 0,3%, com destaque para as atividades de informação e comunicação, que cresceram 3%.
Sob a ótica da demanda, todos os componentes apresentaram crescimento: consumo das famílias (1%), investimento (3,1%), exportações (2,9%) e consumo do governo (0,1%). Segundo o IBGE, mesmo com entraves como inflação persistente e juros elevados, fatores como a melhora no mercado de trabalho, programas de transferência de renda e a expansão do crédito vêm sustentando o consumo das famílias.
Apesar do cenário positivo em vários segmentos, a indústria ainda apresenta desempenho abaixo do ideal. Tanto a indústria quanto os investimentos permanecem distantes dos picos registrados há mais de uma década. A indústria recuou 0,1% no trimestre, com quedas mais expressivas na construção civil (-0,8%) e na indústria de transformação (-1%).
“A indústria é a única das três grandes atividades econômicas que ainda não recuperou seu nível máximo”, afirma Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. Segundo ela, os setores industriais têm sido especialmente afetados pela elevada taxa básica de juros, o que impacta diretamente a produção e os investimentos.
Informações da Agência Brasil