A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação a autoridades responsáveis pela ação penal do golpe de Estado.
Segundo o relatório, há indícios de que os dois também cometeram o crime de tentativa de abolição do Estado democrático de direito, uma vez que suas ações buscavam atingir diretamente instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.
A PF teve acesso a mensagens extraídas de um celular apreendido com Jair Bolsonaro. O material aponta intensa produção e propagação de conteúdos nas redes sociais, em afronta a medidas cautelares impostas.
As conversas mostram articulações com o pastor Silas Malafaia e Eduardo Bolsonaro para intimidar autoridades e dificultar os inquéritos que investigam a trama golpista. Em uma das mensagens, Malafaia sugere conteúdos para Bolsonaro disparar em redes sociais. Já em trocas com o pai, Eduardo deixa claro que o objetivo não era anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro, mas buscar impunidade para Jair Bolsonaro.
O relatório também registra que Eduardo passou a publicar em inglês, visando atingir o público no exterior e interferir no andamento do processo.
Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que apontou tentativas de coação no processo. Além disso, a PF encontrou indícios de que o ex-presidente chegou a planejar um pedido de asilo político na Argentina, com um rascunho de documento dirigido ao presidente Javier Milei.
Informações do G1