Créditos: José Cruz/Agência Brasil
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, anunciou na última terça-feira (30) a instauração de um inquérito policial para investigar os casos de intoxicação por metanol registrados no estado de São Paulo. Segundo ele, a apuração vai além das circunstâncias locais e busca verificar se há relação da adulteração de bebidas alcoólicas com o crime organizado.
Rodrigues destacou que já existem indícios de distribuição interestadual e possível conexão com investigações anteriores realizadas no Paraná e em São Paulo. “Parte dessa cadeia passa pela importação de metanol pelo Porto de Paranaguá”, explicou.
A investigação será conduzida de forma integrada com a Polícia Civil paulista. “São apurações que se complementam, envolvendo tanto a parte administrativa quanto a criminal”, disse o diretor da PF.
Risco à saúde
A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica de extrema gravidade. No organismo, a substância é metabolizada em compostos altamente tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, que podem levar à morte.
Entre os principais sintomas estão visão turva ou perda de visão — podendo evoluir para cegueira —, além de náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese intensa.
Em caso de suspeita, é fundamental buscar imediatamente atendimento médico de urgência e contatar os canais de apoio:
Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 (atendimento nacional)
CIATox locais: disponíveis em diversas cidades para orientação especializada
Autoridades reforçam ainda a necessidade de alertar outras pessoas que possam ter consumido a mesma bebida, para que procurem avaliação médica. A demora no atendimento aumenta o risco de desfecho fatal.