A crença de que fornos micro-ondas causam câncer é um dos mitos mais persistentes da atualidade. No entanto, a comunidade científica é clara: não existem evidências que sustentem essa afirmação. É hora de separar a ficção da realidade.
Pesquisas mostram que muitas pessoas confundem causas reais de câncer com crenças sem comprovação, como a exposição a campos eletromagnéticos emitidos pelos micro-ondas. Essa desinformação pode levar ao fatalismo, desviando a atenção de riscos comprovados, como o tabagismo ou uma alimentação desequilibrada.
Tipos de radiação e segurança
Para compreender a segurança dos micro-ondas, é essencial distinguir entre radiação ionizante e não ionizante. A radiação ionizante, como a de raios-X em altas doses, pode danificar o DNA e aumentar o risco de câncer com exposição prolongada. Já a radiação não ionizante, categoria na qual se enquadram as micro-ondas e ondas de rádio, não possui energia suficiente para alterar o DNA ou causar danos celulares.
O limite de energia necessário para afetar o DNA é de 12,4 elétron-volts, enquanto a radiação emitida por um forno micro-ondas tem energia cerca de dez mil vezes menor. Portanto, ela é inofensiva para as células humanas.
Como o micro-ondas aquece os alimentos
O aquecimento no micro-ondas ocorre por um processo físico chamado aquecimento dielétrico. O magnetron do aparelho emite ondas eletromagnéticas que fazem as moléculas de água presentes nos alimentos vibrarem rapidamente. Essa movimentação gera calor por fricção, aquecendo a comida de forma eficiente, sem qualquer contaminação.
Segurança no uso
Os fornos micro-ondas são projetados com barreiras de metal e telas protetoras que impedem a saída da radiação. Além disso, normas técnicas e testes de segurança garantem que os aparelhos vendidos atendam aos padrões estabelecidos para proteger o consumidor.
Segundo revisões científicas da Organização Mundial da Saúde, não há evidências de que o uso correto de fornos micro-ondas cause riscos à saúde. Assim, seu uso em boas condições é seguro, e os temores sobre câncer não têm fundamento científico.
Informações do Correio*