A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2025 subiu de 2,13% para 2,18%, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. A pesquisa semanal reúne expectativas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
Para os anos seguintes, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 1,81% em 2026 e 2% em 2027 e 2028. No primeiro trimestre de 2025, o PIB teve alta de 1,4%, puxado pela agropecuária, segundo o IBGE. Em 2024, o crescimento foi de 3,4%
Inflação Acima da Meta
A projeção para a inflação oficial (IPCA) em 2025 foi levemente reduzida de 5,46% para 5,44%, mas ainda está acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (3%, com tolerância de até 4,5%).
Para os anos seguintes, o mercado estima inflação de 4,5% (2026), 4% (2027) e 3,85% (2028). Em abril, o IPCA registrou alta de 0,43%, com desaceleração em relação aos meses anteriores. A prévia de maio (IPCA-15) ficou em 0,36%.
Taxa Selic Deve Permanecer Alta
A taxa básica de juros, a Selic, está atualmente em 14,75% ao ano. O Banco Central elevou os juros em 0,5 ponto percentual na última reunião, diante da alta nos preços de alimentos e energia, além das incertezas econômicas globais.
O mercado espera que a Selic feche 2025 nesse patamar. Para 2026, a previsão é de queda para 12,5% ao ano, seguida por novas reduções para 10,5% (2027) e 10% (2028).
A Selic influencia diretamente o custo do crédito e o nível de consumo. Quando está alta, tende a reduzir a inflação, mas também pode frear a atividade econômica. Já sua redução estimula o consumo e o crescimento, mas exige controle sobre os preços para não gerar pressões inflacionárias.
A estimativa para o dólar é de R$ 5,80 no fim de 2025 e R$ 5,89 em 2026.
Informações da Agência Brasil