A Marcha da Maconha reuniu manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo, com o lema “O Clima Tá Tenso”. O ato defendeu a legalização da cannabis (maconha) e denunciou a repressão ao seu uso, com foco em três pilares: liberdade, direito e reparação.
Entre os participantes estavam o rapper Marcelo D2 e representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para o diretor estadual do MST, Luciano Carvalho, a presença do movimento reforça a luta contra um Estado opressor e o preconceito:
“A marcha tem ampla presença da juventude e combate a discriminação. Decidimos unir forças para levantar nossas bandeiras contra um latifúndio destruidor da natureza e contra o preconceito.”
Marcelo D2 destacou a importância do evento como espaço de comunidade e criticou o atraso do país na legalização da maconha:
“É meio distópico que ainda seja necessário marchar por isso. Enquanto quase toda a América do Sul já legalizou, a gente segue na ilegalidade.”
Além da luta política, a marcha também reforçou o potencial medicinal da cannabis. Bekoy, mulher indígena Tupinambá, relatou como o óleo da planta foi fundamental no tratamento de traumas causados por anos de violência:
“Foi através da maconha que consegui viver. Essa planta salva vidas. É por isso que estou aqui.”
A Marcha da Maconha segue sendo um dos principais atos públicos em defesa da legalização da cannabis e de políticas de reparação no Brasil.
Informações da Agência Brasil