O financiamento climático no Brasil mais que dobrou desde 2019 e alcançou US$ 67,8 bilhões em 2023, segundo relatório do Climate Policy Initiative (CPI), da PUC-Rio. A maior parte dos recursos — 79% — foi destinada à mitigação das mudanças climáticas, enquanto 7% foram aplicados em ações de adaptação e 11% em iniciativas com dupla finalidade. O estudo destaca que essa expansão é essencial para que o país avance no cumprimento das metas nacionais de clima e desenvolvimento.
O setor de energia liderou o crescimento dos investimentos, impulsionado principalmente pela rápida expansão da energia solar. Os aportes passaram de US$ 9,5 bilhões em 2020-2021 para US$ 22,4 bilhões em 2022-2023. Já o setor de Agricultura, Florestas e Outros Usos da Terra (AFOLU) quase dobrou seus investimentos, chegando a US$ 28 bilhões, com foco na ampliação de culturas sustentáveis, sistemas agroflorestais e projetos voltados à pecuária de baixo impacto ambiental.
Apesar dos avanços, o relatório aponta que os investimentos voltados exclusivamente às florestas continuam muito baixos. Em 2019, o setor recebeu US$ 1,5 bilhão, mas em 2023 esse volume caiu para apenas US$ 254 milhões, o equivalente a 1% do total. O CPI afirma que ampliar o financiamento climático é fundamental para reduzir vulnerabilidades sociais e econômicas, aumentando a capacidade do país de enfrentar os impactos das mudanças climáticas.
Fonte: Agência Brasil



