O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a oferecer três novos medicamentos para o tratamento da dermatite atópica, uma condição inflamatória crônica da pele que afeta principalmente crianças, mas também pode surgir na adolescência ou vida adulta.
Agora, além das opções já disponíveis, pacientes terão acesso a:
- Tacrolimo tópico
- Furoato de mometasona
- Metotrexato oral
Esses medicamentos ampliam o cuidado desde os estágios leves até os casos graves da doença. O tacrolimo e o furoato de mometasona são especialmente importantes para quem não pode usar corticoides ou tem resistência aos tratamentos anteriores. Já o metotrexato é indicado para quadros mais severos, principalmente em pacientes que não respondem bem à ciclosporina, já disponível no SUS.
A dermatite atópica causa lesões, coceiras intensas e pele extremamente ressecada, afetando principalmente áreas de dobras como cotovelos, joelhos e pescoço. Além do desconforto físico, a condição impõe desafios sociais e emocionais devido ao preconceito relacionado às lesões visíveis na pele.
Segundo a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, Fernanda De Negri, o tratamento adequado também deve enfrentar o estigma: “A doença atinge muitas vezes crianças em idade escolar que podem até deixar de frequentar as aulas por conta das lesões.”
Apesar de não ser contagiosa, a dermatite atópica é uma condição genética e de longa duração. A ampliação dos tratamentos reforça o compromisso com o cuidado integral e a equidade no acesso à saúde pública. Só entre 2024 e 2025, foram realizados mais de 500 mil atendimentos ambulatoriais relacionados à dermatite atópica no Brasil.
Informações do Gov.br