O boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para o aumento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) em 2025. O número de notificações no país é significativamente maior que o registrado nos anos anteriores, com um crescimento de 91% nas últimas semanas, especialmente nas regiões Centro-Sul.
Os vírus influenza A e sincicial respiratório (VSR) lideram entre os agentes causadores de hospitalizações por SRAG. O primeiro tem afetado todas as faixas etárias, com maior impacto entre os idosos, enquanto o segundo é o principal responsável por internações de crianças pequenas.
Apesar de sinais iniciais de estabilidade ou queda em alguns estados — como Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e o Distrito Federal —, o número de hospitalizações nessas áreas ainda é considerado alto.
De acordo com Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, a vacinação contra a gripe continua sendo a principal forma de prevenção. Ela também recomenda o uso de máscaras em locais fechados e de grande circulação em caso de sintomas gripais.
As capitais que mais registram crescimento de casos entre idosos incluem Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Porto Alegre e Rio de Janeiro. A tendência de aumento também é observada entre jovens e adultos nessas cidades e em outras como São Luís e Porto Velho.
Nas últimas semanas, entre os casos positivos de SRAG, 40% foram causados por influenza A, 45,5% por VSR, 16,6% por rinovírus, 0,8% por influenza B e 1,6% por Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a influenza A esteve presente em 75,4% dos casos, seguida por VSR (12,5%), rinovírus (8,7%) e Covid-19 (4,4%).
Informações da Agência Brasil