Um novo alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) reacende o debate sobre os riscos à saúde associados ao consumo de alimentos processados.
De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), órgão vinculado à OMS, carnes como salsicha, bacon, linguiça, presunto e salame foram classificadas no Grupo 1 de substâncias cancerígenas para humanos, mesma categoria do cigarro.
A presença desses alimentos na lista significa que há evidências científicas sólidas de que o consumo regular pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer, especialmente o colorretal. A classificação não mede o grau de risco, mas sim a certeza da relação entre o consumo e a doença.
Apesar de amplamente presentes na mesa dos brasileiros, especialistas recomendam moderação e atenção aos rótulos. O alerta reforça a importância de uma alimentação equilibrada e rica em alimentos naturais.
Um novo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) reacendeu o alerta sobre o consumo de alimentos que aumentam significativamente o risco de câncer. Entre os produtos mais preocupantes estão carnes processadas como salsicha, linguiça, bacon, presunto e salame, itens presentes na rotina alimentar de milhões de brasileiros.
Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), vinculada à OMS, esses alimentos integram o Grupo 1 de substâncias cancerígenas para humanos, o mesmo grupo que inclui o cigarro e o amianto. A classificação é baseada em evidências robustas que associam o consumo dessas carnes a diversos tipos de câncer.
Revisões científicas apontam que o consumo frequente desses produtos aumenta em até 22% o risco de câncer no reto e em 21% o risco de câncer no cólon. Também há indícios de relação com câncer de pulmão e de mama.
“A recomendação é ingerir pouca ou nenhuma carne processada. O ideal é restringir ao máximo”, alerta a nutricionista Inarí Ciccone, mestre em Ciências da Saúde.
Ainda que a alimentação desempenhe papel central, especialistas lembram que o câncer é uma doença multifatorial. Cerca de 5% a 10% dos casos têm origem hereditária. Já os demais envolvem fatores ambientais e comportamentais, como sedentarismo, tabagismo, obesidade, consumo excessivo de álcool, exposição solar sem proteção e infecções.
Crescimento global preocupa:
A OMS afirma que o mundo vive uma verdadeira epidemia de câncer, especialmente entre pessoas com menos de 50 anos. Estima-se que, por ano, sejam registrados cerca de 19,9 milhões de novos casos e 9,7 milhões de mortes em todo o planeta.
No Brasil, a projeção para 2025 é de 704 mil novos diagnósticos, com destaque para o câncer de mama entre as mulheres e o de pulmão entre os homens.
Dicas para se proteger:
Evite carnes processadas como salsicha, linguiça, bacon, presunto e salame
Priorize frutas, verduras e legumes diariamente
Pratique atividades físicas regularmente
Evite o tabagismo e reduza o consumo de álcool
Realize exames de rotina e consulte um médico com frequência
A prevenção ainda é a forma mais eficaz de combater o câncer. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma grande diferença na saúde a longo prazo.
Informações do jornal A Tarde