O Brasil voltou a ficar fora do Mapa da Fome, segundo o relatório mais recente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O país se mantém abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou sem acesso regular a alimentos suficientes — limite estabelecido pela FAO para classificar países em situação de fome grave.
As informações fazem parte do estudo O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (SOFI 2025), apresentado durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU. O relatório utiliza médias trienais para medir o nível de subalimentação e insegurança alimentar crônica, considerando dados dos últimos três anos.
O Mapa da Fome é um indicador global que identifica países em que uma parcela significativa da população sofre com a falta crônica de alimentos. O principal critério utilizado é a Prevalência de Subnutrição (PoU), calculada com base em três variáveis: a quantidade de alimentos disponíveis no país, o consumo de alimentos pela população (levando em conta o acesso econômico) e a necessidade calórica média por indivíduo.
O Brasil já havia saído do Mapa da Fome em 2014, mas voltou a figurar no indicador no triênio 2018/2020. Agora, com base nos dados de 2022 a 2024, o país retoma sua posição fora da zona de alerta.
De acordo com nota oficial do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, essa melhora é reflexo de políticas públicas voltadas para o combate à pobreza, geração de emprego e renda, apoio à agricultura familiar, fortalecimento da alimentação escolar e promoção do acesso à alimentação saudável.
A retirada do Brasil do Mapa da Fome é considerada um avanço significativo diante do cenário crítico vivenciado nos últimos anos, e reforça a importância de decisões políticas estruturantes para garantir o direito à alimentação adequada.
Informações da Agência Brasil