A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu o Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação. O novo status sanitário foi oficializado durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da entidade, em Paris.
A conquista representa um marco histórico para a pecuária brasileira. A cerimônia contou com a presença de representantes do setor agropecuário, como o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, a senadora Tereza Cristina, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni.
Em nota, a CNA destacou que o reconhecimento é resultado de um esforço conjunto de longo prazo entre o setor público e privado, com ações coordenadas para a retirada gradual da vacinação, conforme o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).
“A retirada da vacina foi conduzida com segurança, com base no cumprimento de requisitos sanitários. Estudos soroepidemiológicos realizados ao longo dos últimos anos demonstraram a não circulação do vírus no país”, afirmou a entidade.
Apesar da nova condição sanitária, o Brasil continuará adotando medidas rigorosas de vigilância e controle do rebanho. A CNA ressaltou o papel essencial dos pecuaristas e seus colaboradores, que devem seguir atentos e notificar qualquer suspeita ao Serviço Veterinário Oficial (SVO).
A Famasul também celebrou o reconhecimento como um reflexo do trabalho integrado entre federações, produtores rurais e governos. Segundo a entidade, o status alcançado consolida o Brasil como um competidor de destaque no cenário internacional, ao lado de países como Estados Unidos, Austrália e membros da União Europeia, combinando sanidade, rastreabilidade e sustentabilidade.
A febre aftosa é uma das enfermidades mais temidas na pecuária mundial, devido ao seu alto potencial de disseminação e aos impactos econômicos causados por surtos. No Brasil, a luta contra a doença teve início oficialmente em 1950 e ganhou novo impulso com a criação do PNEFA, em 2017, cujo objetivo é a erradicação completa até 2026.
Informações da Agência Brasil