O mercado de trabalho brasileiro registrou saldo positivo de 148.992 vagas com carteira assinada no mês de maio. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No acumulado de janeiro a maio, foram 1.051.244 novos postos formais de trabalho, o que representa um crescimento de 2,3% no estoque total de empregos, que alcançou a marca de 48,2 milhões de vínculos ativos.
O saldo de maio é resultado de 2.256.225 admissões e 2.107.233 desligamentos. Os cinco principais setores da economia apresentaram crescimento no número de vagas, com destaque para o setor de serviços, que liderou com 70.139 postos criados, seguido pelo comércio (+23.258), indústria (+21.569), agropecuária (+17.348) e construção civil (+16.678).
Destaques regionais
Entre os estados, São Paulo foi o que mais gerou empregos formais, com saldo de +33.313 vagas, seguido por Minas Gerais (+20.287) e Rio de Janeiro (+13.642). O Acre teve o maior crescimento proporcional, com variação de 1,24%. O único estado com resultado negativo foi o Rio Grande do Sul, com fechamento de 115 vagas, reflexo possivelmente das enchentes que atingiram a região.
Juventude, mulheres e escolaridade
A geração de empregos foi mais expressiva entre as mulheres (+78.025 vagas) do que entre os homens (+70.967). Também houve destaque para os jovens de 18 a 24 anos, que ocuparam 98.003 dos novos postos, principalmente nos setores de comércio e indústria da transformação.
De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, os dados contradizem a ideia de que os jovens não querem trabalhar. Para ele, o que afasta esse público do mercado formal são os baixos salários oferecidos, e defendeu a revisão dos pisos salariais para atrair mais jovens para vagas com carteira assinada.
Também tiveram maior inserção no mercado de trabalho pessoas com ensino médio completo (+113.213 vagas) e pardos (+116.476). Entre as Pessoas com Deficiência (PCDs), o saldo também foi positivo, com 902 vagas. criadas.
Salário de admissão
O salário médio real de admissão em maio foi de R$ 2.248,71, o que representa uma queda de 0,5% em relação ao mês anterior.
Os dados reforçam a tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho formal, mas também evidenciam os desafios, especialmente relacionados à valorização dos salários e à inclusão de públicos historicamente marginalizados.
Informações da Agência Brasil