O surto de gripe colocou em dúvida a eficiência do tipo de vacina disponível na rede pública comparada com a comercializada nas clínicas particulares. O doutor Marco Aurélio Palazzi Safadi, do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) esclarece que a vacina contra o vírus Influenza ministrada nos postos de saúde não tem a cepa desatualizada e nem é menos resistente a doença.
“A vacina gratuita é perfeitamente atual. Quem tomou esta vacina está igualmente protegido. A única diferença para a quadrivalente é que esta possui uma cepa a mais, o que pode garantir uma vantagem”, assegura.
Ainda que haja vacinas que não estejam incorporadas no calendário nacional, segundo ele, algumas delas valem a imunização mesmo que sejam pagas. “A vacina HPV para meninos, meningocócica tetravalente, meningocócica B e a Influenza para aqueles que estão fora dos grupos de risco são imunizações importantes e que compensam o investimento mesmo que sejam mais caras”.
A procura maior de vacinas por outras faixas etárias, como adultos e idosos, deu uma guinada no mercado, como aponta o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), Renato Kfouri. “Há vacinas que a rede pública não disponibiliza e isso acaba movimentando a procura de vacinas na rede privada, porque mesmo assim estas pessoas continuam vulneráveis a determinada doença”, pontua.




