O número de uniões entre pessoas do mesmo sexo no Brasil cresceu mais de oito vezes nos últimos doze anos, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento aponta que, em 2011, o país registrava pouco mais de 3 mil casamentos homoafetivos formais, enquanto em 2023 esse número ultrapassou 26 mil. Esse avanço acompanha a consolidação de direitos civis e sociais conquistados pela população LGBTQIA+, especialmente após o reconhecimento da união estável e do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011.
De acordo com o IBGE, a maioria dessas uniões ocorre entre mulheres, que representam cerca de 60% dos registros. As capitais e grandes centros urbanos concentram a maior parte dos casamentos, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Especialistas apontam que o aumento reflete não apenas a ampliação dos direitos legais, mas também um cenário de maior aceitação social e fortalecimento das políticas públicas voltadas à diversidade.
Apesar do avanço, o estudo também evidencia que ainda há desafios relacionados ao preconceito e à desigualdade regional. Em algumas partes do país, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, os índices de casamentos entre pessoas do mesmo sexo continuam baixos. Para o IBGE, a tendência, porém, é de crescimento contínuo, impulsionado pela maior visibilidade da população LGBTQIA+ e pela consolidação das garantias legais que asseguram o direito de amar e constituir família, independentemente do gênero.
Fonte: Agência Brasil



