Alimentos geneticamente modificados, como os feitos à base de soja e de milho já são liberados para utilização, no Brasil. Apesar de alguns órgãos de defesa do consumidor acreditar que os chamados transgênicos podem causar riscos à saúde, há quem diga que eles também podem ter melhores características nutricionais, além de serem mais fortes às pragas e, consequentemente, ter maior produção.
Entre tantas discordâncias, uma coisa é certa: o consumidor precisa ter conhecimento do que está colocando na mesa. Cabe à população escolher se esse tipo de alimento deve fazer parte do cardápio diário ou não. Mas, a identificação desses itens, nos rótulos, de maneira clara e ostensiva conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor, ao assegurar o Direito à Informação, é que é o grande ‘xis’ da questão.
De acordo com pesquisas realizadas pelo Ibope, os brasileiros sentem dúvidas na hora da aquisição dos produtos. Mais de 74% das pessoas entrevistadas, na última sondagem realizada pelo órgão, sentiam falta dessa informação. E elas não estavam erradas, já que pelo Decreto de Regulagem de Transgênicos, nº 4.680 de 2003, o fornecedor deve fazer essa inclusão quando o item possuir mais de 1% de ingrediente transgênico.
É preciso ficar de olho nas embalagens. As marcas que obedecem ao Decreto mantêm o símbolo “T” na rotulagem – as diferindo dos demais produtos que não têm transgênicos na composição. De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), dentre os riscos dos produtos transgênicos à saúde, estão o aumento de alergias, de resistência a antibióticos, de substâncias tóxicas e de veneno nos alimentos.
O órgão também lembra que itens como soja e milho são usados para produção de papinhas de crianças, alguns enlatados e biscoitos.