Trabalhadores de diversos setores participaram, ontem (16), de uma audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para discutir os impactos da aprovação do projeto de lei que propõe isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil mensais.
O texto, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados, prevê ainda compensações à perda de receita e a criação de uma alíquota mínima para contribuintes de alta renda, que ganham mais de R$ 600 mil por ano.
Conforme o projeto, para rendimentos superiores a R$ 5 mil até R$ 7.350 mensais, haverá uma redução gradual do imposto; para quem ganha acima disso, não haverá alteração.
Durante as exposições, participantes defenderam a medida como uma forma de “justiça social” e correção histórica da tabela do IR, argumentando que a tributação atual penaliza a parcela da população que trabalha mais.
Um dos oradores mencionou que a isenção para quem ganha até R$ 5 mil representaria um alívio mensal de aproximadamente R$ 200 para trabalhadores de renda média, e que isso também poderia estimular o consumo e impulsionar a economia local.
Outro ponto levantado foi que um significativo número de trabalhadores (por exemplo, no setor bancário) seria beneficiado com a mudança, reduzindo a carga tributária individual e favorecendo a redistribuição de renda.
Finalmente, os debatedores criticaram a atual defasagem da tabela do IR, dizendo que “milhões de brasileiros” acabam pagando mais imposto do que deveriam — e defenderam que essa proposta devolva dignidade fiscal a trabalhadores de menor renda.
Fonte: Agência Brasil