Créditos: Marcelo S. Camargo / FUSSP
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo investiga ocorrências de intoxicação por metanol, tentando determinar se estão relacionadas ao consumo social de bebidas alcoólicas ou ao álcool adquirido em postos de combustíveis por pessoas em situação de vulnerabilidade. Até o momento, sete casos foram confirmados e 15 permanecem sob investigação.
Ontem (30) foram apreendidas 112 garrafas de vodca suspeitas de falsificação em diferentes pontos da capital, sendo 17 delas no bairro da Mooca. Segundo o governo paulista, os investigadores concentram esforços em rastrear a origem das distribuidoras e os fluxos de pagamento, com donos de estabelecimentos já prestando esclarecimentos. As operações avançam sobre toda a cadeia de distribuição, a partir das vítimas identificadas.
As autoridades alertam que a intoxicação por metanol é uma emergência médica grave. Após a ingestão, a substância é metabolizada em produtos tóxicos que podem levar à morte. Os sintomas iniciais incluem dor abdominal intensa, sonolência, falta de coordenação, tontura, náuseas, vômitos, dor de cabeça, confusão mental, taquicardia e pressão arterial baixa. Entre seis e 24 horas, podem surgir visão turva, fotofobia, perda de percepção de cores, convulsões e coma. Casos mais graves podem evoluir para cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal, necrose de gânglios, tremores, rigidez e até óbito.
O governo orienta que qualquer pessoa que apresente sintomas procure atendimento médico imediato, realize exames laboratoriais e avaliação oftalmológica. Também é recomendado contatar os serviços especializados: Disque-Intoxicação da Anvisa pelo 0800 722 6001, o CIATox local ou o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI) pelos números (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733. É fundamental identificar e orientar possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, para avaliação e tratamento precoce, reduzindo riscos de desfecho fatal.