A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promove, em Salvador, uma programação especial em alusão ao Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, celebrado no dia 17. Organizadas pelo Campo Temático de Saúde da População LGBT+ da SMS, as ações tiveram início ontem (12) e seguem até esta sexta (16).
Durante esta semana, são realizadas ações de educação em saúde de combate à LGBTfobia em diversas unidades básicas de saúde e unidades de saúde da família que estão implementando a estratégia UBS Amiga da Saúde LGBT+. Além disso, ocorrem rodas de conversa sobre acolhimento da população LGBT+ para Agentes Comunitários de Saúde.
Na quarta-feira (14) até o próximo dia 28, haverá mutirão de consulta odontológica no Ambulatório Municipal Especializado em Saúde LGBT+, no Multicentro de Saúde Carlos Gomes, no Centro.
De acordo com Erik Abade, técnico em Saúde da População LGBT+ da SMS, o cuidado com a saúde vai muito além de exames e tratamentos — ele começa com respeito, acolhimento e escuta. Para o gestor, é fundamental que o serviço público de saúde promova ações e atividades voltadas para a população LGBTQIA+, garantindo que todas as pessoas sejam atendidas com dignidade, sem discriminação e com seus direitos plenamente assegurados.
Ambulatório – Desde 2023, Salvador conta com o Ambulatório Municipal Especializado em Saúde LGBT+, anexo ao Multicentro Carlos Gomes, destinado ao cuidado especializado para lésbicas, gays, bissexuais, pansexuais, assexuais, travestis, mulheres trans, homens trans e pessoas não-binárias, com idade igual ou maior que 18 anos. A unidade dispõe de equipe multiprofissional composta por clínicos, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, auxiliares de farmácia e técnicos administrativos.
No local, são oferecidas consultas médicas especializadas e multiprofissionais; dispensação e administração de hormônios; oferta de PrEP e testagem para HIV e outras ISTs, além da oferta de preservativos internos e externos.
Origem da data – No dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tomou uma decisão histórica ao remover a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID). Até então, a homossexualidade ainda era considerada, erroneamente, um transtorno mental. Com essa mudança, a OMS reconheceu oficialmente que ser gay, lésbica ou bissexual não é doença, distúrbio ou desvio, marcando um passo fundamental na luta contra o estigma, o preconceito e a violência sofridos por pessoas LGBT+ em todo o mundo.
Informações da Prefeitura de Salvador