A marca Crocs nasceu nos Estados Unidos, numa era de boom econômico, no ano de 2002. As excêntricas sandálias apareceram quando o país se recuperava de uma recessão. Confortáveis, tinham um investimento barato, cerca de 30 dólares, e prometiam durar para sempre. Para o consumidor, essa é uma proposta irresistível.
Mas, e se seu produto encolhe? Parece até piada, mas não é. Uma consumidora mostrou sua indignação com a marca através da página do Facebook do O Consumidor. De acordo com a reclamação, a compra do par da Crocs foi realizada em dezembro de 2015 na loja do Salvador Shopping. Com menos de três meses, o pé direito encolheu – isso mesmo, encolheu!
Mais estranho do que o pé direito diminuir de tamanho, foi a resposta da loja. Por e-mail, a marca tentou explica “que este tipo de calçado não pode ficar exposto ao sol fora dos pés”. Infelizmente, este não é um caso isolado no Brasil. Por meio do site Reclame Aqui [veja aqui], é possível conferir orros registros da mesma situação.
A resposta da empresa é sempre a mesma : “Gostaríamos de esclarecer que os calçados Crocs são de material plástico injetado (Croslite) e, por esta razão, não podem ficar expostos a temperaturas excessivas por um período prolongado de tempo, sob o risco de sofrer danos. Se o calçado está sendo utilizado (em movimento) não acontece esse dano,pois não vai ficar exposto diretamente”.
O questionamento do consumidor não poderia ser outro. “Como pode uma marca conhecida mundialmente, vender calçados num país (Brasil) onde o clima é quente, independente da estação? Isso ocorreu na porta de casa. Agora, imagine na praia; na casa de praia; em visitas à casa de um amigo, por exemplo, é me digam se algum brasileiro vai ficar procurando sombra pra guardar a bendita papete? E as crianças que costumam deixar em qualquer lugar?”, indagou.