A essa altura, os brasileiros já estão cansados de saber que é preciso economizar de todos os lados. Mas a geladeira ainda fica velha, o carro desvaloriza e a despensa fica vazia. Quando parcelar pode ser uma boa opção para arcar com o que é realmente necessário?
Seja para comprar uma casa ou o leite no supermercado, o velho conselho é: se você tem o dinheiro na conta, é sempre melhor pagar à vista para não comprometer a renda futura. A dica é ainda mais pertinente em momentos de forte instabilidade na economia, como o atual, conforme ressalta Fernanda Monnerat, diretora do Serasa Consumidor.
Mas parcelar é uma boa apenas quando o valor do bem ou serviço é muito maior do que a renda disponível para pagá-lo e a compra é realmente necessária e trará benefícios no futuro. Isso não acontece só com a casa e com o carro, mas também com o MBA, o notebook e a viagem de férias, por exemplo.
“O ideal é sempre investir em uma aplicação antes e pagar à vista, mas às vezes é difícil e a dívida vale a pena. Sem comprar nada supérfluo, a vida fica chata”, diz o consultor financeiro Jurandir Macedo, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Para produtos de valor menor, como a calça jeans em promoção e o creme da farmácia que a vendedora permite pagar em três vezes, vale parcelar só se você for muito organizado (muito mesmo!). “Se você consegue se planejar, pode deixar o dinheiro aplicado e pagar as compras aos poucos no cartão de crédito. Mas isso é bem difícil ”, diz Macedo. 



