O fechamento de agências bancárias físicas na capital e no interior da Bahia, impulsionado pelo avanço da digitalização de serviços, foi tema de uma reunião entre o Procon-BA e o Sindicato dos Bancários. A mudança gera impactos significativos para milhares de consumidores mais vulneráveis.
Coordenado pelo superintendente do Procon-BA, Tiago Venâncio, o encontro ocorreu na sede do órgão, no Centro de Salvador, e teve como foco os prejuízos causados aos idosos, pessoas com deficiência e de baixa renda, que ainda dependem fortemente do atendimento presencial.
Nos últimos anos, o encerramento de agências físicas tem se intensificado em diversas regiões da Bahia, motivado por fatores como o custo de operação e a digitalização dos serviços. Durante a reunião, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Elder Perez, denunciou que muitos municípios do interior contam com apenas uma agência bancária — e que o fechamento dessas unidades obriga a população a percorrer longas distâncias para acessar serviços básicos.
A situação tem resultado em gastos adicionais, desconforto e limitação de direitos, sobretudo para quem tem pouca ou nenhuma familiaridade com os canais digitais.
A reunião marca um esforço conjunto entre as instituições para formular propostas que envolvam a manutenção de agências em locais estratégicos, a criação de pontos de atendimento assistido e o reforço à fiscalização quanto ao cumprimento das normas que resguardam os direitos dos consumidores.
Para o diretor do Sindicato, Ronaldo Ornelas, a preocupação é clara: “O econômico não pode se sobrepor ao social. E, neste contexto, assegurar o acesso bancário à população é também defender direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal.”
Fonte: Ascom/SJDH