As polícias civis do Rio de Janeiro e do Espírito Santo deflagrara uma operação conjunta para combater crimes contra o consumidor e fraudes no setor de energia solar. A ação mira empresas e indivíduos suspeitos de práticas irregulares como estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Os investigadores identificaram esquemas que envolvem a venda de sistemas de energia solar com promessas enganosas, contratos irregulares e omissão de informações essenciais aos consumidores. Também foram constatadas violações de normas técnicas e ambientais.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e sedes de empresas suspeitas. Os materiais coletados serão analisados para aprofundar as investigações.
A operação reforça a necessidade de fiscalização e proteção dos consumidores em um setor que vem crescendo rapidamente, impulsionado pela busca por fontes de energia mais sustentáveis.
Venda pela internet
Os proprietários da empresa investigada vendiam, pela internet, tênis de luxo a preços atrativos, mas a maioria dos produtos nunca foi entregue ou era falsificada. O esquema enganou mais de 1 mil pessoas em diversos estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Tocantins e Rondônia e no Distrito Federal.
As investigações começaram a partir de uma denúncia encaminhada à Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro. Os alvos da operação foram uma influenciadora digital e seu irmão, proprietários do e-commerce. Entre os consumidores que chegaram a receber produtos relataram que os itens eram falsificados, usados ou danificados.
“Não há mais espaço para criminosos que se escondem no ambiente digital. O consumidor precisa saber que o Estado está atuando fortemente para garantir seus direitos”, disse o secretário de Defesa do Consumidor do Rio, Gutemberg Fonseca.
Uma vítima contou que, após abandonar uma compra no site, foi procurada por um suposto atendente que ofereceu “ajuda” para concluir a transação. O pagamento, exigido via Pix, não teve comprovante, e o produto nunca foi entregue. Casos semelhantes foram registrados em todo o país.
Durante a ação também foram apreendidos mais de 10 celulares, notebooks, CPU, 15 cartões de crédito de diferentes instituições e mais de 100 relógios com indícios de falsificação. Todo o material será analisado e periciado pela Decon-RJ para aprofundar as investigações.
O secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Felipe Curi, disse que o combate aos crimes contra o consumidor é prioridade absoluta.
“Estamos atuando para que os responsáveis sejam punidos e para que a população esteja cada vez mais consciente dos riscos das compras em plataformas não confiáveis”, declarou.
Informações da Agência Brasil