O Programa Bahia. Estado Voluntário tem se consolidado como uma importante ferramenta de mobilização social no estado, ao conectar cidadãos dispostos a contribuir com causas coletivas a instituições que necessitam de apoio. Através de uma plataforma digital gerida pela Secretaria da Administração do Estado (Saeb), o programa fortalece a cultura do voluntariado e amplia o impacto de projetos sociais em diversos territórios baianos.
Com um cadastro simples, voluntários informam suas áreas de interesse e disponibilidade, enquanto organizações sem fins lucrativos e órgãos públicos registram suas demandas. Esse cruzamento de dados forma uma rede de solidariedade ativa, que já impulsiona iniciativas como as Cozinhas Solidárias, equipamentos comunitários que garantem acesso à alimentação para pessoas em situação de vulnerabilidade.
As cozinhas, vinculadas ao programa estadual Bahia Sem Fome, distribuem diariamente entre 100 e 1.000 refeições prontas, além de promoverem ações de inclusão produtiva, geração de renda e educação alimentar. Por meio do projeto Comida no Prato, o governo estadual firmou parceria com organizações da sociedade civil que operam essas cozinhas, com foco no fortalecimento de redes comunitárias e na valorização da agricultura familiar.
Atualmente, 25 instituições responsáveis por Cozinhas Solidárias também estão cadastradas na plataforma do Bahia. Estado Voluntário, o que tem ampliado os resultados das ações em cidades como Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Paulo Afonso e Ilhéus. Além da conexão digital, o programa realiza encontros presenciais e virtuais, capacitações e orientações técnicas, colaborando com a estruturação do trabalho voluntário nas organizações.
A força transformadora do voluntariado é sentida por quem atua na linha de frente. Para Geovane Santana, do Instituto Habitar do Sertão, a experiência vai além da ajuda pontual: “O voluntário chega com o desejo de ajudar e geralmente é transformado com essa experiência. Nosso trabalho é coletivo, feito de mãos dadas, e toda ajuda que chega faz a diferença”, afirma.
Já a assistente social Geovanna Silva, do Instituto Reencantar, destaca o papel do voluntariado como estratégia de fortalecimento de vínculos. “O voluntariado é uma forma de criar redes de apoio”, pontua. A instituição atua em áreas como alimentação, educação, saúde, habitação e inclusão social.
A coordenadora do programa, Kátia Camillo, enfatiza o papel estratégico da plataforma: “Nosso objetivo é fomentar a prática do voluntariado na Bahia. Acreditamos que a participação cidadã é protagonista no desenvolvimento social. A plataforma faz esse elo acontecer, de forma simples e eficiente”.
Com mais de 28 mil voluntários cadastrados, o programa mostra que o espírito de solidariedade segue ativo na Bahia. Instituições antes pouco visíveis agora contam com o apoio de pessoas dispostas a doar tempo, talentos e afeto. A plataforma também tem expandido suas parcerias, com destaque para projetos realizados em colaboração com a Polícia Militar e secretarias estaduais que somam centenas de iniciativas em andamento.
Informações do ba.gov.br
