O Pix é uma infraestrutura estratégica para o Brasil e deve seguir sob controle do Banco Central (BC), defendeu o presidente da instituição, Gabriel Galípolo, durante um evento voltado ao setor de criptoativos no Rio de Janeiro. Ele alertou para falsas narrativas que buscam deslegitimar o sistema e afirmou que sua gestão pública garante transparência e evita conflitos de interesse.
“É uma segurança para o país que o Pix possa ser gerenciado e administrado pelo Banco Central. Se o sistema fosse operado por empresas privadas, imagine os conflitos de interesse em decisões como incluir ou retirar participantes da rede”, pontuou Galípolo.
O presidente também lamentou a disseminação de desinformação sobre o Pix, classificando o fenômeno como reflexo da dificuldade de compreensão sobre sistemas complexos. “Muitas vezes, as versões circulam com mais apelo que os fatos”, observou.
Inclusão financeira e impacto social
Galípolo destacou o papel do Pix na inclusão financeira, facilitando o acesso da população aos serviços bancários. O sistema conta com centenas de milhões de chaves cadastradas e realiza bilhões de transações por mês, o que demonstra seu impacto na vida cotidiana dos brasileiros.
Ele também negou que o Pix esteja em conflito com outros meios de pagamento, como cartões de débito e crédito. “Esses instrumentos continuam crescendo a taxas maiores do que antes do lançamento do Pix, o que derruba a ideia de canibalização”, argumentou.
Questionamentos internacionais
O Pix se tornou alvo de questionamentos por parte dos Estados Unidos, que investigam se o sistema brasileiro impõe barreiras ao comércio e à atuação de empresas norte-americanas de serviços financeiros. O governo dos EUA quer entender se as práticas do Brasil em relação ao comércio digital e tarifas preferenciais podem ser consideradas discriminatórias ou prejudiciais à competitividade de suas empresas.
Informações da Agência Brasil