A Apple caiu para a quinta colocação no mercado de smartphones no Brasil, sendo ultrapassada pela chinesa Realme. Os dados são de um levantamento recente da consultoria Canalys, referente ao primeiro semestre de 2025.
Segundo a análise, o mercado brasileiro segue altamente polarizado, com crescimento concentrado apenas nos segmentos de entrada e premium. Nessa disputa, Apple e Samsung mantêm domínio na faixa de aparelhos topo de linha, enquanto marcas chinesas ganham força nos modelos intermediários.
O Brasil representou 28% das entregas de celulares na América Latina no período e foi o único entre os cinco maiores mercados da região a registrar crescimento anual, com alta de 3% e 9,5 milhões de unidades distribuídas. O avanço foi impulsionado por fabricantes como Realme, Xiaomi e Honor, esta última recém-chegada ao país.
Ranking de participação de mercado no Brasil (1º semestre de 2025):
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Samsung: 43%
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Motorola: 23%
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Xiaomi: 15%
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Realme: 7%
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Apple: 5%
A principal mudança no ranking foi justamente a inversão entre Apple e Realme. A empresa chinesa ganhou espaço ao investir em aparelhos intermediários com bom custo-benefício, o que contribuiu para sua ascensão no país.
Em outros mercados da América Latina, como o México, a Apple também perdeu posição. Lá, a empresa ocupa a quinta colocação, atrás de Samsung, Xiaomi, Motorola e outras concorrentes.
Além da Realme, outra marca que deve impactar o mercado nacional é a Jovi (nova identidade da Vivo na América Latina), que aposta tanto no segmento intermediário quanto em dispositivos mais avançados.
Cenário econômico traz desafios para o setor
De acordo com Miguel Pérez, analista sênior da Canalys, fatores como as tensões entre Estados Unidos e China e a instabilidade econômica local têm impactado negativamente o desempenho do mercado na América Latina. A expectativa é de um recuo de cerca de 1% nas vendas de smartphones na região ao longo de 2025.
Pérez alerta que os segmentos mais sensíveis, como o de entrada, devem ser os mais afetados por possíveis tarifas e oscilações cambiais, agravando a vulnerabilidade da região em meio aos desafios globais.
Informações do Tecmundo