A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório alarmante sobre a violência contra crianças em zonas de conflito ao redor do mundo. O documento aponta que quase 12 mil crianças foram mortas ou mutiladas recentemente, representando um aumento de 25% nas violações graves em comparação ao período anterior.
Além dos assassinatos e mutilações , causados principalmente por munições explosivas, minas e fogo cruzado — o relatório destaca o número elevado de casos de sequestro, violência sexual, recrutamento infantil e negação de acesso humanitário.
O maior número de violações foi registrado no Território Palestino Ocupado, especialmente na Faixa de Gaza. Também foram identificadas situações críticas na República Democrática do Congo, Somália, Nigéria e Haiti. Em Gaza, a ONU recebeu relatos do assassinato de mais de 4 mil crianças, ainda em processo de verificação.
O relatório responsabiliza tanto grupos armados não estatais quanto forças governamentais, com estas últimas sendo apontadas como principais autoras de mortes, mutilações e ataques a escolas e hospitais.
Casos de violência sexual aumentaram 35%, com destaque para o uso sistemático dessa prática como arma de guerra. Meninas foram sequestradas para fins de escravidão sexual e recrutamento.
A negação de ajuda humanitária também foi classificada como crítica, com trabalhadores humanitários sendo mortos, detidos arbitrariamente ou impedidos de atuar, o que impacta diretamente o acesso de crianças à saúde, educação e proteção básica.
O documento evidencia a urgência de medidas internacionais para proteger crianças em conflitos armados e responsabilizar os autores de crimes de guerra.
Informações da Agência Brasil