O Brasil alcançou o menor número de pessoas desempregadas há mais de um ano desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE.
Atualmente, 1,9 milhão de trabalhadores estão em busca de emprego há mais de 12 meses, o que representa queda de 21% em relação ao ano anterior, quando esse contingente somava 2,4 milhões. É o menor patamar desde 2012.
A pesquisa também mostra reduções em todas as faixas de tempo de procura por trabalho:
menos de um mês: -16,7%
de um mês a menos de um ano: -10,7%
de um a menos de dois anos: -16,6%
dois anos ou mais: -23,6%
Nos grupos que buscam emprego de um mês a menos de um ano (3,2 milhões) e de um a menos de dois anos (659 mil), os resultados também são os menores já registrados.
Segundo o analista do IBGE, William Kratochwill, os números indicam uma tendência de queda no percentual de pessoas em busca de trabalho por longos períodos:
“O mercado está gerando oportunidades que estão absorvendo trabalhadores que antes tinham mais dificuldade de conseguir uma vaga.”
Além disso, a taxa de desemprego do país ficou em 5,8%, a menor da série histórica. O levantamento mostrou ainda recordes no número de empregos com carteira assinada (39 milhões de pessoas) e no rendimento médio mensal (R$ 3.477).
Em 18 das 27 unidades da federação houve queda do desemprego, com destaque para 12 estados que atingiram os menores índices já registrados para um segundo trimestre, incluindo Bahia (9,1%), São Paulo (5,1%) e Santa Catarina (2,2%).
Para Kratochwill, a dinâmica atual do mercado de trabalho mostra resiliência:
“O mercado tem absorvido grande parte da mão de obra e está resistente a pioras, o que também contribui para a redução da informalidade, hoje em 37,8% da população ocupada.”
Informações da Agência Brasil
