Em meio à crise causada por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, o governo de São Paulo lançou, em 9 de outubro de 2025, um protocolo pioneiro para identificar a presença dessa substância tóxica nas bebidas.
Desenvolvido pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), o método prevê quatro etapas: seleção de amostras nas garrafas apreendidas; análise dos lacres, selos, embalagens e rótulos pelo Núcleo de Documentoscopia (com emissão de laudo em menos de um dia); uso de equipamento portátil para detectar metanol e outras substâncias em bebidas lacradas; e, por fim, cromatografia gasosa para determinar a porcentagem de metanol nas amostras.
Mesmo antes da elaboração do laudo completo, os peritos já conseguem estimar o teor de metanol presente e assim atuar de forma mais ágil.
O protocolo já resultou na identificação de 30 casos suspeitos no estado de São Paulo. Até o momento, foram confirmadas 23 intoxicações por metanol no estado e registradas cinco mortes.
Segundo Karin Kawakami, perita técnica da SPTC, o sistema foi aprimorado para dar mais celeridade ao processo diante da elevada demanda, combinando padrões internacionais com adaptações locais para tornar a resposta mais rápida.
Fonte: Agência Brasil