O Mercosul finalizou as negociações de um acordo comercial com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. O entendimento marca mais um passo na ampliação das relações comerciais do bloco sul-americano com países de alta renda e mercado estratégico.
Com a nova parceria, as exportações industriais dos países do Mercosul — Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia (em processo de adesão) — terão acesso facilitado aos países da EFTA. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, destacou que o acordo é fruto de oito anos de negociação e representa uma oportunidade concreta para geração de emprego e renda na região.
A EFTA reúne cerca de 15 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) conjunto de aproximadamente US$ 1,4 trilhão. Seus países membros ocupam posições de destaque no ranking mundial de renda per capita. Liechtenstein, por exemplo, é o segundo país mais rico do mundo nesse indicador, com média de US$ 186 mil por habitante, enquanto a Suíça aparece em quarto lugar, com US$ 104,5 mil. Islândia e Noruega também figuram entre os primeiros colocados.
Segundo o governo brasileiro, o setor de serviços da EFTA é um dos mais expressivos globalmente. Em 2024, o bloco importou US$ 284 bilhões em serviços, volume superior ao de países como Japão, Itália, Canadá e Coreia do Sul. No mesmo período, exportou US$ 245 bilhões, ficando entre os dez maiores exportadores do mundo.
Apesar da conclusão das negociações, o acordo ainda precisa ser ratificado por cada país signatário para entrar em vigor.
O Brasil assumirá, pelos próximos seis meses, a presidência temporária do Mercosul, com expectativa de fortalecer a integração econômica e política do bloco.
Informações da Agência Brasil