A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — considerado a inflação oficial do país — passou de 4,95% para 4,86% este ano. É a décima terceira redução seguida na estimativa, segundo o Boletim Focus.
Para os próximos anos, a projeção da inflação também caiu: 4,33% para o próximo ano, 3,97% para o seguinte e 3,8% no ano subsequente.
A estimativa atual está acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, o limite superior é 4,5%.
O Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação. Com a desaceleração da economia, o Copom interrompeu o ciclo de aumento de juros após sete altas consecutivas. A autoridade monetária informou que pretende manter os juros básicos, mas não descarta a possibilidade de elevação futura se necessário.
A estimativa é que a Selic encerre o ano em 15% ao ano, caia para 12,5% no próximo ano e seja reduzida gradualmente nos anos seguintes para 10,5% e 10%. Taxas mais altas encarecem o crédito e estimulam a poupança, dificultando a expansão econômica, enquanto reduções na Selic barateiam o crédito e incentivam consumo e produção.
Quanto ao crescimento econômico, a previsão do mercado financeiro para o PIB passou de 2,21% para 2,18% este ano. Para os anos seguintes, estima-se 1,86%, 1,87% e 2%, respectivamente. A economia brasileira registrou crescimento puxado pela agropecuária e mantém expansão contínua nos últimos anos.
A cotação do dólar está prevista em R$ 5,59 para o final do ano, com expectativas de variação nos próximos anos.
Informações da Agência Brasil