Créditos: Reuters
A flotilha humanitária Global Sumud, que zarpou no fim de agosto, foi a mais recente tentativa de ativistas internacionais desafiarem o bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza — restrição mantida desde o ataque do Hamas, em outubro de 2023. O governo israelense afirma que o bloqueio é legal e necessário por razões de segurança, classificando a ação dos ativistas como uma “provocação”.
Até o momento, Israel deportou pelo menos 170 dos mais de 450 ativistas detidos durante a operação. O país, porém, enfrenta acusações de maus-tratos, incluindo relatos de que alguns prisioneiros não tiveram acesso a advogados — alegações negadas pelo Ministério das Relações Exteriores.
Em nota, a pasta declarou que os direitos legais dos detidos foram “totalmente respeitados” e que parte deles optou por não assinar as ordens de deportação, o que teria adiado a saída.
Já o grupo jurídico Adalah, que representa alguns dos ativistas, denunciou casos de abuso e violência física sob custódia israelense, incluindo a negação de atendimento médico e medicamentos. Um dos relatos mais graves aponta que uma mulher muçulmana foi obrigada a retirar o hijab, sendo forçada a usar uma camisa no lugar.
Questionado sobre as denúncias, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel acusou a Adalah de “repetir mentiras descaradas” e reiterou que todos os detidos receberam acesso a água, comida, banheiros e advogados.