O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que as plataformas de apostas esportivas, conhecidas como bets ,sejam mais tributadas no Brasil. Para ele, o setor deve ser tratado como o de produtos que oferecem risco à saúde pública, como cigarro e bebidas alcoólicas.
“As bets estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando pouco emprego e enviando dinheiro para o exterior. Que vantagem temos com isso?”, questionou o ministro. Ele criticou a postura do governo anterior, que, segundo ele, isentou essas empresas de impostos durante quatro anos. “Trataram as bets como se fossem uma Santa Casa de Misericórdia”, ironizou.
Haddad afirmou que o governo trabalha para fortalecer a arrecadação e garantir estabilidade econômica. “Estamos buscando resultados fiscais robustos para manter o crescimento da economia, com baixo desemprego e inflação em queda. Mas há quem queira sabotar isso em nome das eleições do ano que vem”, alertou.
Impasse sobre o IOF
Haddad também comentou o atual impasse entre o Executivo e o Congresso sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele afirmou que a questão não deve ser tratada como um confronto. “Esse Fla-Flu não interessa a ninguém. Prefiro pensar institucionalmente”, disse.
O Supremo Tribunal Federal suspendeu decretos que tratam do IOF e determinou uma audiência de conciliação entre os poderes para tentar resolver o impasse.
Relacionamento com o Congresso
O ministro ressaltou a importância de manter o diálogo com o Congresso e afirmou que pretende se reunir em breve com o presidente da Câmara dos Deputados. “Não tenho o direito de estremecer essa relação. Eu sou ministro, ele é um poder constituído. O Brasil precisa da boa condução dos trabalhos”, disse.
Imposto de Renda
Haddad demonstrou otimismo em relação à aprovação do novo projeto do Imposto de Renda, que prevê isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Segundo ele, o relator do projeto, deputado Arthur Lira, tem mantido conversas frequentes com o governo. “Acredito que esse projeto será aprovado com larga margem de apoio”, afirmou.
Informações da Agência Brasil