A guerra na Faixa de Gaza completou dois anos na terça-feira (7) com mais de 67 mil palestinos mortos e cerca de 170 mil feridos, segundo autoridades de saúde locais. Do lado israelense, foram registrados 1.665 mortos, sendo 1,2 mil apenas nas primeiras horas do ataque do Hamas, que marcou a data. Cerca de 250 pessoas foram sequestradas, e 48 reféns permanecem em Gaza, com estimativa de que 20 ainda estejam vivos.
O ataque de 7 de outubro é considerado o mais sangrento da história de Israel, e a resposta israelense, que atingiu áreas civis, incluindo casas, hospitais e escolas, gerou revolta internacional, com o termo “genocídio” sendo utilizado para se referir à situação em Gaza. Civis, incluindo crianças, foram as principais vítimas. O cerco imposto por Israel impede a chegada de ajuda humanitária, e a ONU aponta que 1.857 palestinos morreram enquanto buscavam comida na Fundação Humanitária de Gaza.
O Unicef alerta que uma em cada três pessoas na região passa dias sem comer, com mais de 320 mil crianças pequenas em risco de desnutrição aguda. Recentemente, a Flotilha Global Sumud, que transportava ajuda humanitária, foi apreendida por Israel, mesmo contando com ativistas brasileiros.
As negociações para a paz incluem um plano de trégua apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevendo a libertação de reféns e prisioneiros, o desarmamento do Hamas e a formação de um governo de transição. Esta semana, delegações de Israel e Hamas iniciaram negociações indiretas com foco na libertação dos 48 reféns restantes. O Brasil também tem defendido um acordo de paz e pressionado a ONU por uma posição mais firme na criação do Estado palestino.
O conflito entre Israel e Palestina tem mais de 70 anos, envolvendo disputas territoriais e religiosas. A raiz do conflito remonta ao pós-Segunda Guerra Mundial, quando a migração de judeus alterou a demografia local. Em 1947, a ONU propôs a criação de dois estados, proposta rejeitada pelos árabes. Em 1948, Israel foi criado, desencadeando conflitos contínuos na região.
Fonte: Agência Brasil