O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou que o governo ainda apura o valor total dos descontos indevidos feitos por entidades associativas nos benefícios pagos a aposentados e pensionistas do INSS. A estimativa preliminar gira entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.
Segundo o ministro, o número exato só será conhecido após a conclusão dos atendimentos realizados por meio do aplicativo Meu INSS, agências físicas e unidades dos Correios. Até o momento, cerca de 3 milhões de beneficiários solicitaram o ressarcimento de valores descontados sem autorização.
“Temos uma floresta de cerca de nove milhões de pessoas que sofreram algum tipo de desconto em algum período. Precisamos que cada uma informe se autorizou ou não o desconto para calcularmos o valor final”, explicou Queiroz.
Dados apresentados indicam que três entidades associativas concentram 22% das contestações feitas por aposentados e pensionistas entre 2021 e 2022, totalizando mais de 680 mil reclamações.
Para ampliar o alcance da apuração e garantir a reparação, o governo federal promete uma busca ativa para localizar e atender beneficiários afetados, com atenção especial às regiões remotas e pessoas com mobilidade reduzida.
O ministro também destacou que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a orientação de levar a investigação “às últimas consequências”, com punição aos responsáveis e a responsabilização das entidades envolvidas.
“Que o dinheiro das associações fraudulentas sirva para ressarcir o governo e, consequentemente, os aposentados prejudicados”, concluiu Queiroz.
Informações da Agência Brasil