O documentário Herzog – O Crime que Abalou a Ditadura estreou ontem (23) e reconstitui os últimos dias do jornalista Vladimir Herzog, cujo assassinato completa 50 anos no próximo sábado (25). Produzido pelo Instituto Conhecimento Liberta, o longa revisita a trajetória de Herzog — professor, cineasta e jornalista — que foi torturado e morto por agentes da ditadura militar, e investiga os acontecimentos desde uma semana antes até uma semana depois de sua prisão, mostrando o impacto de sua morte para o Brasil e para a história da repressão.
A produção enfrentou desafios, como a escassez de imagens de arquivo e o falecimento de muitos depoentes, e recorreu a recursos gráficos, incluindo quadrinhos, para recriar momentos da prisão e da tortura. Depoimentos de jornalistas, do filho de Herzog, Ivo, e de pessoas presentes na prisão foram utilizados para dar voz à narrativa, reforçando que a versão oficial de suicídio era falsa e que Herzog foi assassinado.
O documentário também destaca que o caso gerou uma crise interna na ditadura, evidenciando divergências entre setores mais rígidos e aqueles favoráveis à abertura política, acelerando debates que contribuíram para o fim do regime autoritário. Paralelamente, é lançado o podcast Caso Herzog – A foto e a farsa, que explora a manipulação da imagem de Herzog como parte da tentativa de encobrir o crime.
Fonte: Agência Brasil



