Nesta terça-feira (4), acontece a última expedição de monitoramento para definir as técnicas mais eficazes no combate ao coral invasor Chromonephthea braziliensis na Ilha de Itaparica. A ação ocorre no píer da ilha e é coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e por pesquisadores de instituições parceiras. O objetivo é conter a proliferação da espécie, que ameaça a biodiversidade marinha da Baía de Todos-os-Santos. Com a conclusão desta fase, será desenvolvido um plano de trabalho para definir o cronograma de remoção completa do coral invasor.
Como parte da ação, a secretaria, juntamente com o Inema, pesquisadores e representantes da prefeitura, também se reunirá com marisqueiras e pescadores para apresentar os resultados e apresentar as próximas etapas do projeto. O encontro ocorrerá às 10h, na Escola de Tempo Integral Ernesto Carneiro Ribeiro. Os estudos realizados até o momento indicam que a combinação de dois métodos – a aplicação de sal azedo diretamente sobre o coral e a remoção manual – pode ser a abordagem mais eficiente para conter sua expansão.
O coral invasor Chromonephthea braziliensis foi identificado há um ano por pescadores da região e tem causado preocupação devido à sua rápida proliferação. A espécie compete por espaço com corais nativos, além de liberar substâncias que dificultam a predação e podem causar necrose em outros organismos marinhos. A longo prazo, sua presença pode comprometer a biodiversidade da Baía de Todos-os-Santos, afetando a estrutura ecológica dos recifes e os serviços ecossistêmicos essenciais para a pesca e a proteção costeira.
O projeto para a remoção do coral invasor conta com a autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Inema, além do suporte da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), da Marinha e da Capitania dos Portos da Bahia. Também participam pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Centro Universitário Senai/Cimatec e a ONG PRÓ-MAR.