O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que as tarifas sobre produtos importados do Brasil não serão adiadas. A medida prevê a taxação de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano.
“Com certeza não haverá mais prorrogações, não haverá mais carência. As tarifas estão programadas. Colocaremos a Alfândega para começar a coletar o dinheiro”, declarou Lutnick em entrevista a um canal norte-americano.
Apesar da rigidez da medida, o secretário sinalizou que o presidente Donald Trump permanece aberto ao diálogo com líderes de grandes economias, embora tenha reconhecido possíveis entraves nas negociações. “O presidente está sempre disposto a ouvir. Se conseguir agradá-lo, é outra questão”, disse.
A decisão de impor as tarifas foi comunicada formalmente ao governo brasileiro, sob a alegação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sendo alvo de perseguição política. O governo dos EUA também iniciou uma investigação sobre práticas comerciais brasileiras consideradas “desleais”, incluindo o uso do Pix.
Além disso, o governo Trump revogou os vistos do ministro Alexandre de Moraes, seus familiares e outros integrantes do Supremo Tribunal Federal.
Em resposta, o governo brasileiro afirma estar empenhado em buscar uma solução diplomática. O presidente Lula declarou estar disposto a negociar e afirmou que Trump foi induzido a acreditar em uma mentira. As tratativas estão sendo conduzidas pelos ministros Geraldo Alckmin e Mauro Vieira, que lideram um comitê criado para dialogar com o setor produtivo nacional sobre os impactos das novas taxações.
Informações da Agência Brasil