A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8%, o menor índice desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo IBGE desde 2012. O resultado reflete um avanço significativo no mercado de trabalho brasileiro, com aumento no número de pessoas empregadas e no rendimento médio da população.
O país conta atualmente com 102,3 milhões de trabalhadores ocupados e cerca de 6,3 milhões de pessoas em busca de emprego, número que representa uma queda de 17,4% em relação ao trimestre anterior. No mesmo período, a quantidade de pessoas empregadas cresceu 1,8%, com a inserção de 1,8 milhão de brasileiros no mercado.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões, o maior já registrado, com crescimento de 0,9%. Também houve aumento entre os empregados sem carteira, que somam 13,5 milhões, alta de 2,6%.
A informalidade, embora ainda elevada, apresentou leve recuo: 37,8% da população ocupada trabalha de forma informal — o menor índice desde 2020. Já o número de desalentados, que são pessoas que desistiram de procurar emprego, caiu para 2,8 milhões, o nível mais baixo desde 2016.
Além da maior ocupação, o rendimento médio mensal também cresceu, atingindo R$ 3.477 — o maior já registrado pela pesquisa. Esse valor representa um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. A massa de rendimentos também bateu recorde, chegando a R$ 351,2 bilhões, o que contribui para o fortalecimento do consumo interno e da economia do país.
A pesquisa do IBGE passou a utilizar dados atualizados do Censo 2022, o que garante maior precisão na amostragem. Ela considera todas as formas de ocupação — com ou sem carteira, temporários e trabalhadores por conta própria — e visita mais de 200 mil domicílios em todo o país.
Informações da Agência Brasil