A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,6% no trimestre encerrado em abril, o menor índice para o período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo IBGE desde 2012. No mesmo trimestre do ano anterior, a taxa era de 7,5%.
Segundo os dados do IBGE, o desemprego vem registrando quedas consecutivas nas comparações anuais há 46 trimestres, ou seja, desde julho de 2021. Nos últimos 12 meses, todos os trimestres apresentaram as menores taxas da série histórica para seus respectivos períodos.
Outro dado relevante é o rendimento médio real do trabalhador, que chegou a R$ 3.426 — o maior valor já registrado para trimestres encerrados em abril e o maior patamar considerando todos os trimestres comparáveis da série.
Redução da informalidade
A taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro foi de 37,9% no trimestre encerrado em abril, apresentando queda em relação aos trimestres anteriores. Em números absolutos, o país registrou 39,2 milhões de trabalhadores informais, dentro de um universo de 103,3 milhões de pessoas ocupadas.
Essa redução foi puxada pelo crescimento do emprego formal. O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 0,8% no trimestre e 3,8% na comparação anual. Segundo o pesquisador do IBGE William Kratochwill, o mercado de trabalho segue “forte e resiliente”, com aumento na ocupação formal e melhoria na qualidade dos postos de trabalho.
Setores em destaque
Na comparação com o trimestre anterior, apenas o setor de administração pública, defesa, educação, saúde e assistência social apresentou crescimento (2,2%). Já na comparação anual, cinco setores se destacaram positivamente:
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Indústria geral: +3,6%
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Comércio e reparação de veículos: +3,7%
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Transporte, armazenagem e correio: +4,5%
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Informação, comunicação e atividades financeiras e administrativas: +3,4%
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Administração pública e serviços sociais: +4%
Por outro lado, o setor agropecuário teve retração de 4,3%.
Informações da Agência Brasil