A pandemia de COVID-19 deixou um impacto profundo entre crianças e adolescentes no Brasil. Entre 2020 e 2021, cerca de 149 mil jovens perderam pai, mãe ou ambos para a doença, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira (27). Quando se incluem avós e outros cuidadores que viviam com essas crianças, o número sobe para aproximadamente 284 mil, revelando a dimensão social da tragédia.
Os pesquisadores destacam que as consequências da orfandade vão além da perda afetiva. Muitos desses jovens enfrentam dificuldades financeiras, insegurança alimentar e aumento do risco de evasão escolar e trabalho infantil. A falta de políticas públicas específicas para amparar esse grupo torna ainda mais desafiadora a recuperação social e emocional dessas famílias.
De acordo com os dados, os estados das regiões Centro-Oeste e Norte concentraram as maiores taxas de orfandade, com destaque para Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Especialistas alertam que é urgente implementar programas permanentes de apoio psicológico, educacional e financeiro para essas crianças e adolescentes, a fim de reduzir as desigualdades agravadas pela pandemia e evitar que seus efeitos se perpetuem ao longo das gerações.
Fonte: Agência Brasil



