A conferência COP30, realizada em Belém, se tornou um importante palco global para discutir financiamento climático, adaptação e transição energética, com a participação de 194 países + UE. Um dos principais desafios apontados foi o uso de combustíveis fósseis — responsáveis por cerca de 75% das emissões de gases de efeito estufa — e a necessidade urgente de um plano global e coordenado para a transição para economias de baixo carbono.
Na parte da adaptação, a COP30 pretende definir indicadores para o “Objetivo Geral de Adaptação Climática”, além de estruturar diretrizes de “transição justa”, que buscam garantir que trabalhadores e comunidades afetadas pela mudança de modelo econômico sejam amparados. Já no âmbito do financiamento, foi apresentado o “Mapa do Caminho de Baku a Belém”, com a meta de mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano para viabilizar os esforços de mitigação e adaptação — pois, segundo organismos presentes, os recursos prometidos anteriormente ainda não se concretizaram de forma satisfatória.
Finalmente, o envolvimento da sociedade civil ganhou destaque: além da chamada “Zona Azul” voltada aos negociadores oficiais, a “Zona Verde” em Belém propõe espaços de acesso público, com debates, participação de povos indígenas, comunidades tradicionais, juventude e movimentos sociais. A expectativa é que esse engajamento mais amplo contribua para tornar as decisões da COP mais inclusivas e efetivas.
Fonte: Agência Brasil



