O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos anunciou a abertura das inscrições para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), que oferecerá 3.642 vagas em 32 órgãos públicos federais. A iniciativa busca ampliar o acesso ao serviço público, tornar o processo seletivo mais democrático e reduzir custos para os candidatos.
Das vagas ofertadas, 2.480 são para preenchimento imediato e 1.172 para cadastro de reserva. As provas objetivas serão aplicadas simultaneamente em todo o país no dia 5 de outubro, em 228 municípios. Para os candidatos habilitados, haverá ainda uma prova discursiva prevista para o dia 7 de dezembro. A organização do certame ficará sob responsabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Como funcionará o CNU 2025
O modelo do CNU agrupa os cargos públicos em nove blocos temáticos, organizados por áreas de atuação semelhantes. Com uma única inscrição, o candidato poderá concorrer a diferentes cargos dentro de um mesmo bloco, e ordenar suas preferências de acordo com sua formação, experiência e interesses profissionais.
Ampliação das cotas e ações afirmativas
Uma das principais novidades desta edição é a ampliação das políticas de inclusão. A distribuição das vagas seguirá o seguinte percentual:
-
65% para ampla concorrência
-
25% para pessoas negras
-
3% para indígenas
-
2% para quilombolas
-
5% para pessoas com deficiência
Outra inovação será a equiparação de gênero na convocação para a segunda fase do concurso. Sempre que houver diferença significativa entre homens e mulheres convocados, será feito um ajuste para garantir equilíbrio, tanto nas vagas de ampla concorrência quanto nas destinadas às cotas. A medida visa corrigir distorções observadas em edições anteriores, como a sub-representação feminina nas etapas finais do concurso, apesar de serem maioria entre os inscritos.
A ministra Esther Dweck enfatizou que a política não configura reserva de vagas, mas sim uma ação afirmativa juridicamente fundamentada. “Estamos bem seguros do ponto de vista legal”, afirmou.
Segurança reforçada
O concurso também contará com protocolos rigorosos de segurança. Cada candidato terá um código de barras individual para identificação, além de registrar uma frase de próprio punho no momento da prova. A operação contará com apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A Escola Nacional de Administração Pública (Enap) será responsável pela gestão do processo.
A realização do concurso é justificada pelo alto número de aposentadorias no funcionalismo público: mais de 246 mil desligamentos entre 2010 e 2023. “Há uma carência muito grande no serviço público”, afirmou a ministra.
Cronograma previsto do CNU 2025
-
Inscrições: 2 a 20 de julho
-
Isenção da taxa: 2 a 8 de julho
-
Prova objetiva: 5 de outubro (13h às 18h)
-
Convocação para prova discursiva: 12 de novembro
-
Prova discursiva para habilitados: 7 de dezembro
-
Envio de títulos: 13 a 19 de novembro
-
Procedimentos de confirmação de cotas e PcD: 8 a 17 de dezembro
-
Divulgação da primeira lista de classificação: 30 de janeiro de 2026
O Concurso Nacional Unificado surge como um esforço para tornar o acesso ao serviço público mais justo, eficiente e inclusivo, ampliando oportunidades para diversos perfis de candidatos em todo o país.
Informações da Agência Brasil