O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou que a sessão deliberativa da Casa ocorra de forma remota. Segundo ele, a medida visa garantir o funcionamento do Senado diante da obstrução promovida por parlamentares da oposição.
“Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”, afirmou Alcolumbre em nota oficial.
Ele reforçou que a votação de projetos de interesse da população será mantida, como o que prevê isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos. “A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, concluiu.
O protesto da oposição ocorre em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os parlamentares também exigem a votação de uma proposta de anistia ampla para condenados por tentativa de golpe de Estado, além do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o senador Carlos Portinho (PL-RJ), o pedido de impeachment de Moraes já conta com 40 assinaturas de parlamentares de nove partidos, e precisa de apenas mais uma para ser protocolado.
“Vamos ultrapassar as 41 assinaturas necessárias. Em uma democracia, a maioria tem voz, e o presidente do Senado precisará respeitar esse desejo suprapartidário”, declarou Portinho em coletiva.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES), que cumpre medidas cautelares impostas pelo STF e usa tornozeleira eletrônica, participou do protesto sem se manifestar verbalmente. Ele permaneceu com a boca coberta por esparadrapo, em sinal de protesto.
Informações da Agência Brasil