Em um cenário de incertezas – embalado pelo desemprego, inflação crescente, alta taxa de juros e mudanças nas regras dos financiamentos de imóveis –, o setor de consórcios apresentou alta de 13,5% no volume de negócios, de janeiro a novembro de 2015.
O dado é da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). O acumulado dos negócios com a modalidade atingiu R$ 79,74 bilhões contra R$ 70,24 bilhões de 2014.
Os dados do período confirmam que os consórcios são vistos pelo consumidor como uma alternativa para quem quer fugir das altas taxas de juros e fazer um investimento a longo prazo – seja em um automóvel, imóvel, ou outros bens. Na Bahia, as empresas do setor registraram alta de até 31% nas vendas de cotas de 2014 para 2015.
“Atribuímos esse aumento, principalmente nos segmentos de imóveis e veículos, à mudança de comportamento do consumidor. As pessoas estão com orçamento apertado, enfrentando restrição ao crédito, e estão sendo obrigadas a se planejar”, disse o presidente da Abac, Paulo Rossi.
Ele explica que um consórcio funciona como uma poupança coletiva. Para ser contemplado com a carta de crédito e realizar a compra é preciso ser sorteado ou dar um lance para obtê-la antes do prazo. “A melhor modalidade de compra continua sendo à vista. Mas, levando em consideração o bolso do consumidor, o consórcio tem prestações mais atrativas”, afirma.
do Correio*