Uma força-tarefa para solucionar a crise gerada pelos altos preços na oferta de hospedagens para a COP30, em Belém (PA), foi anunciada pela secretaria extraordinária e presidência da conferência.
“Nós estamos atentos e conscientes das preocupações dos países. Precisamos que todos consigam participar da COP e resolver seus problemas de acomodação, por isso anunciamos uma força-tarefa”, declarou o presidente da COP30, embaixador André Correa do Lago.
O trabalho será inicialmente concentrado na oferta aos 72 países integrantes dos grupos dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) e dos Países Menos Desenvolvidos (LDCs), para posteriormente ser estendido às demais delegações.
Segundo a secretaria extraordinária, 47 delegações já confirmaram participação com o pagamento das reservas de hospedagem, sendo 39 por meio da plataforma oficial e oito diretamente com redes hoteleiras ou outras plataformas.
Um dos pontos levantados pelos países foi a solicitação de subsídio brasileiro para hospedagem das delegações, mas a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, descartou essa possibilidade. “Não há como subsidiar delegações de países, inclusive de nações mais ricas que o Brasil”, afirmou.
Ela reforçou que os planos operacionais de segurança, saúde e transporte estão alinhados com as expectativas da ONU e destacou que a questão da acomodação deve ser resolvida por meio do esforço conjunto com os 190 países interessados.
De acordo com os organizadores, ajustes estão sendo feitos para ampliar a oferta de hospedagens, como o desmembramento de blocos de acomodação que cubram períodos menores de diárias.
Miriam Belchior também informou que o governo contratou transatlânticos para o período oficial da COP30. Caso haja extensão das negociações, as delegações hospedadas nos navios serão remanejadas para a rede hoteleira disponível. “Os cinco primeiros dias serão o pico de acomodações. Depois, a tendência é diminuir”, explicou.
Informações da Agência Brasil